Um dos domínios mais 'perigosos' do mundo (Corp.com) está à venda por US$ 1,7 milhão; entenda o caso
Tecnologia
Quando pensamos nos lugares mais perigosos da internet a primeira coisa que deve vir na cabeça da maioria das pessoas é a “dark web” ou “deep web”. Acontece que um simples domínio que não hospeda nenhum conteúdo sensível pode ser incluído nessa lista – e ele está à venda.
“Corp.com” é um dos muitos domínios que foram comprados pelo empresário Mike O’Connor na metade da década de 1990. Naquela época, O’Connor tinha co-fundado a sua própria provedora de internet (Go-fast.net) e estava registrando nomes de domínios básicos a torto e a direito, incluindo bar.com, pub.com e place.com, que se tornaram bastante valiosos com o passar dos anos, segundo ele mesmo.
Essas “vantagens” justificam o preço inicial que O’Connor colocou para o endereço: US$ 1,7 milhão.
Como Corp.com pode interceptar dados sensíveis?
De uma maneira simples, a interceptação de informações com esse domínio funciona assim: quando uma série de computadores Windows está ligado à mesma rede corporativa interna, uma forma de validar outros dispositivos nessa rede é por meio de um serviço proprietário do Windows chamado Active Directory (AD). Nas primeiras versões do Windows que suportavam o Active Directory, o caminho padrão por meio desses serviços de validação era chamado “corp”.
O domínio “corp”, inclusive, era a configuração padrão nos Windows mais antigos. E, aparentemente, no início da informatização, poucas empresas se preocuparam em modificar essa configuração para redirecionar o fluxo de informações e incluir um domínio controlado por elas.
Como Krebs aponta, isso significa que um funcionário de uma empresa que tente usar o domínio interno “corp” a partir de uma rede aberta, como o Wi-Fi de uma Starbucks, fará com que seu computador tente puxar os dados que precisa do “corp.com”, em vez dos sistemas internos da sua própria empresa.
Qualquer pessoa que possua um domínio em particular pode interceptar informações privadas de inúmeros computadores em todo o mundo, como Krebs avisa – razão pela qual O’Connor destacou que espera que a Microsoft compre-o, uma vez que o grosso desse problema vai atingir exclusivamente os produtos Windows.
Mas se você é um hacker com dinheiro para gastar, esse pode ser um bom negócio.
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