Para arcar com pandemia, Argentina aprova imposto sobre grandes fortunas
Internacional
O Produto Interno Bruto (PIB) argentino caiu 19,1% no segundo trimestre do ano, o maior recuo trimestral desde o início da série histórica.
Num ato que é a cara da gestão do presidente Alberto Fernández, o parlamento da Argentina aprovou, nesta sexta-feira, 4, um projeto de lei para taxar grandes fortunas, como mecanismo para subsidiar empresas e garantir subsistência aos mais vulneráveis durante a pandemia de Covid-19. O país espera arrecadar cerca de 3,7 bilhões de dólares para compensar os impactos econômicos da crise de saúde.
A proposta, cujo texto foi redigido pelo deputado Máximo Kirchner, filho da vice-presidente, Cristina Kirchner, prevê a taxação em uma única vez de pessoas físicas com patrimônio superior a 200 milhões de pesos, cerca de 13 milhões de reais. estima-se que o imposto atingirá de 9 mil a 12 mil das pessoas mais ricas de toda a Argentina, um país com mais de um terço de seus 44 milhões de habitantes considerados abaixo da linha da pobreza.
Trata-se de uma medida desesperada. O Produto Interno Bruto, o PIB, argentino caiu 19,1% no segundo trimestre do ano, o maior recuo trimestral desde o início da série histórica, em 1981.
O país amarga uma taxa de pobreza além dos 40%, o que quer dizer que quase METADE da população não tem recursos para comprar produtos básicos.
O país enfrenta, com atraso, um descalabro tanto na saúde quanto na economia depois de meses de quarentena rígida e rigorosa.
Em outubro, o país, que gozava de poucos casos de coronavírus entre seus cidadãos, viu a pandemia estourar. Em pouquíssimos dias, a Argentina viu-se no triste rol de nações com maior índice casos entre 100 mil pessoas, ultrapassando até mesmo o Brasil. O país tem 1.454.618 casos confirmados e pouco mais de 39 mil óbitos.
A taxa é progressiva, e chega até 3,5% sobre o excedente para bens dentro do território argentino, e até 5,25% sobre o total para bens no exterior. Para os bens em território argentino, ainda há uma contribuição fixa por faixa de fortuna.
A coalizão Juntos pela Mudança, principal oposição ao governo Fernández e responsável pela maioria dos votos contra o projeto de Kirchner, rotulou o imposto como confiscatório, visto que já existe imposto sobre bens pessoais, e prejudicial aos investimentos empresariais.
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