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VOLKSWAGEN “PROJETO BY” ERA PRA SER UM RIVAL AO FIAT UNO, MAS NUNCA SAIU DA FÁBRICA

Curiosidades
Thruarlley Marttins - 2020-03-06 21:47:26
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Nos anos 80, a VW chegou a projetar um subcompacto baseado no Gol BX. Ainda hoje há um protótipo remanescente daquela (boa) ideia.

 

PROJETO BY - ESSE ERA O "NOME INTERNO" DO HATCH MENOR QUE O GOL, UM PROTÓTIPO DOS ANOS 80

 

Conhecido internamente pelo código BY, esse subcompacto foi uma tentativa da Volkswagen em criar um carro para concorrer com o Fiat Uno. Ou seja, menor que o Gol. Toda a dianteira, até a metade do hatch, era idêntica à do modelo já em produção.

 

Adotava soluções de engenharia mais modernas que às usadas no Gol, como a suspensão traseira que compartilhava elementos com o sedã Fox exportado para os EUA – os pontos superiores de ancoragem na carroceria eram diferentes (mais recuados) para não invadir o bagageiro.

 

Também tinha banco traseiro corrediço, solução que só viria a ser adotada no Fox, em 2003.

 

Banco corrediço traseiro era prático, mas caro à época (Foto: Ulisses Cavalcante/Autoesporte)
 

O carro das fotos é o único protótipo que sobreviveu ao tempo, permanecendo guardado desde 1987 nos galpões da fábrica da marca à beira da Via Anchieta, em São Bernardo do Campo.

 

Esse projeto foi cancelado, ou “engavetado”, por conta do custo. A parte mecânica da família BX mostrava-se muito cara – era o motor AP 1600, o mesmo de Gol, Voyage, Saveiro e Parati.

 

Painel não tinha alterações no modelo menor (Foto: Ulisses Cavalcante/Autoesporte)
 

O rival mineiro rodava com motorização 1.0, mais simples e mais barata.

 

As soluções técnicas propostas pela Engenharia para compensar o pouco espaço mostraram-se caras demais à época. Também não havia como aproveitar o novo projeto por conta do surgimento da Autolatina (a parceria entre a VW e a Ford).

 

Motor AP 1600, velho conhecido na família Gol, era muito caro para o Projeto BY (Foto: Ulisses Cavalcante/Autoesporte)
 
 
Por fim, o motivo mais óbvio: a configuração do motor AP, com montagem longitudinal, requeria um cofre maior, o que tornava a traseira exageradamente desproporcional. Seria necessário adotar um propulsor transversal, como ocorria com o Uno. E, nos anos 70, com o Fiat 147.
 

Sem perspectivas de encontrar soluções técnicas que atendessem ao custo previsto pelo projeto, a VW optou por abandonar o BY, relegando o modelo à história da indústria automotiva brasileira.

 

Atualmente, o carrinho está em exposição na Garagem VW, uma ala dedicada aos modelos produzidos na fábrica da Anchieta. Fica estacionado junto a outros clássicos memoráveis, impecavelmente restaurados, ou ainda zero km, retirados da linha de montagem quando eram produzidos.

VW Santana foi restaurado ainda em 2019 (Foto: Ulisses Cavalcante/Autoesporte)
 
 
 
 

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