Murmuração x Gratidão

Uma história verídica..
O ano era 2007, noite de Natal (25). Lembro como se fosse hoje, cada detalhe daquele evento, que Cantata linda, que homenagem singela ao Rei dos reis.
A narrativa foi espetacular, as canções (e olha que nunca fui muito fã de coral), mas aquele coral. Ah! aquele coral.. Simplesmente uma noite maravilinda, mal sabia o que me aguardava.
Lembro que na noite anterior, véspera de Natal (24), um dia agradável, em família e o mais importante, em comunhão.
A única nota triste daquele dia foi que, infelizmente não pude passar a Ceia com minhas filhas (elas ainda não moravam comigo), lembro que aquilo me entristeceu demais.
Mas aos poucos, minha família foi me acalmando, ficamos ali, curtindo de forma sadia e bacana. Acabei dormindo por lá mesmo e passamos o dia juntos, almoçamos (o resto da janta da Ceia é claro – rsrs), enfim.. comemos panettone, brincamos e passamos uma tarde proveitosa.
Não via a hora de me arrumar, ir pra igreja e poder enfim assistir a Cantata de NATAL!!!
Chegando no templo, pude ver o carinho das pessoas que organizaram aquela festa tão bonita pra JESUS, a riqueza nos mínimos detalhes, riqueza de amor, dedicação e ternura, não de ostentação ou arrogância.
Ao fim do evento, me deparei com a falta da minha ‘carona’, pois é (rsrs).. meu amigo não estava lá e eu morava um pouco longe, digamos que o bairro não era dos mais seguros pra ir a pé. Fui para a parada de ônibus e fiquei aguardando a condução, mas a ficha não havia caído que era uma noite de FERIADO, pois como era meio de semana, meu cérebro computou que era um dia ‘comum’ em relação aos horários dos BUSÃO.
Fiquei ali mofando, naquela que eu poderia dizer ‘agoniante espera’, pois estava ali sozinho, quando de repente ouço uma voz me dizer: pega um mototáxi, lembro que cheguei a sair do ponto de ônibus e atravessei a primeira esquina, mas no embalo da ‘burrice’ e ‘insensatez’, regressei e MURMUREI em alto tom, bem ali no intimo da minha mente, onde ninguém poderia ouvir, disse a mim mesmo: vou pagar mais caro pra que!? Que porcaria de ônibus que não passa logo.. só de raiva vou ficar aqui até essa m#$% passar, nem que eu espere a noite toda, esbravejei por dentro.
Mal eu sabia que, aquele pequeno ato de indisciplina perante a Deus me traria consequências, sim você leu INDISCIPLINA, pois a murmuração nada mais é que ausência de GRATIDÃO, ou seja, se somos ingratos com o Pai, automaticamente estamos agindo de forma errônea e mesquinha, pois Ele não nos deve nada, absolutamente nada, mas nós sim.. devemos a VIDA.
Mesmo eu sendo um ingrato e reclamão, Ele tentou me alertar para o perigo que me aguardava, lembre-se sempre: Ele nos chama pelo amor, caso não dermos ouvidos, aí nos chama pela dor (rsrs, ai que BURRO da ZERO pra mim), assim diria meu bom e velho amigo CHAVES.
Depois de muito tempo, enfim minha condução chegou e enfim pude ir para minha casa, adentrei naquele veículo e já pude sentir um clima totalmente pesado, sensação de derrota, algo obscuro estava prestes acontecer, eu só pensava: quero sair logo daqui e dormir em paz na minha cama. Alguns pontos depois entrou um camarada totalmente bêbado e falando um monte de coisas, mas confesso que não dava pra entender nada do que ele proferia. Chegou meu ponto de descida, senti um breve alivio ao ‘puxar’ aquela cordinha que acionava o sinal pro motorista.
Desci (UFA! pensei comigo mesmo), mas foi ali que começou uma GUERRA pela minha vida, em todos os sentidos, de um lado a grande oportunidade para me destruir e, do outro lado a ENORME chance de mudança, libertação de forma LITERAL.
Entre os dois extremos, estavam dois bandidos só esperando o bom e velho ditado se cumprir, quando diz: a ocasião faz o ladrão, e o bobão da vez era ninguém mais, ninguém menos que EU, o mesmo que felizmente ou infelizmente não quis pegar o mototáxi, mas no final da história cada um poderá tirar sua própria conclusão.
Lembro muito bem que perguntaram: que horas são playboy!?? Pensei naquela mente murmurona, “playboy?” Se soubessem da minha vida, o que tenho passado, não falavam uma m#$% dessa, acredite tudo é tão rápido, passa um filme na sua mente em plena velocidade à la The Flash. Atravessei a BR e tentei sair o mais rápido possível daquele lugar escuro e vazio, mas os camaradas atravessaram rapidamente e me abordaram novamente.. perguntaram o que tinha na minha mochila e eu simplesmente no piloto automático entreguei sem responder uma palavra, perguntaram o que tinha nos meus bolsos e eu novamente sem abrir a boca pra nada, entreguei o celular e a carteira (sim, com os documentos e todo o dinheiro que nela continha), o mais ‘caro’ do mototáxi naquele momento não era nada, absolutamente NADA, é a hora que você enxerga que sua vida está por um triz..
Daí um dos caras (visivelmente drogado e ‘pilhado’) fala: agora você vai morrer, pegou nos meus braços como se tivesse brincando de jogar uma criança na piscina, tentou me atirar contra os carros que passavam em alta velocidade naquela pista (pelo simples prazer em me ver morrer), lembro do vento que passava pelos meu pés causado pelo vácuo dos carros, me agarrei nos braços do camarada e voamos no canteiro central que dividia as duas vias, caí e levei alguns chutes na nuca e quando levantei o parceiro do ‘pilhadão’ desferiu um soco em mim e quebrou meu nariz, lembro de ter ficado bem zonzo e percebê-lo tirando a arma da cintura, olhei pro alto e vi três coisas: Escuridão, a imagem das minhas filhas dentro de uma moldura dourada (como se fosse um quadro bem nítido daqueles que instalamos na parede da sala) e o meu socorro, foram as três coisas em frações de segundos que pude ver, foi quando clamei por JESUS, pedi que me livrasse daquela situação e, os milagres começaram a acontecer, como que num passe de mágica, eu sei que não existe MÁGICA, mas sim a misericórdia do Senhor me alcançou, os dois rapazes simplesmente começaram a discutir asperamente, enquanto um dizia “você não vai matar o cara” e o outro retrucava “é claro que vou matá-lo”, nisso corri sem olhar pra trás ou pros lados, simplesmente atravessei aquela BR como um verdadeiro Usain Bolt, onde minha grande medalha era a minha ótima e maravilhosa VIDA, a mesma que tantas e tantas vezes desvalorizei e não enxergava o óbvio, eu não tinha motivo nenhum para reclamar ou MURMURAR de nada, simplesmente NADA, só tinha motivos para agradecer a dádiva que é viver e, o melhor de tudo.. Viver para Cristo!
Aprendi uma coisa tão singela e tão EXTRAORDINÁRIA, os inteligentes aprendem com os próprios erros, mas os sábios aprendem com os erros dos outros, se eu tivesse sido sábio, não teria passado por tudo aquilo. Daquele dia em diante, fiz uma promessa: que eu iria lutar com todas as minhas forças contra qualquer tipo de murmuração, pedi perdão a Deus e até hoje peço por sua misericórdia, pois sou falho e cheio de imperfeições.
Não estou compartilhando essa história por vaidade, exibição ou qualquer sentido pejorativo, mas sim como um alerta que não precisamos passar por situações de dor, pois temos um Deus que sempre nos oferece a opção do AMOR.
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