OCDE convida Brasil para coordenar grupo de recuperação econômica

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) convidou o Brasil para coordenar o grupo de recuperação econômica do pós-vírus chinês.
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A afirmação foi feita na última quarta-feira (29), pelos ministros da Economia, Paulo Guedes e da Casa Civil, Braga Netto, em coletiva de imprensa no Palácio do Planalto.
“A OCDE solicitou que o Brasil fosse o líder do grupo que trata das medidas de recuperação no combate ao coronavírus e no pós-coronavírus. A OCDE está usando o Brasil como um exemplo”, contou Braga Netto.
Para Paulo Guedes, o convite é fruto do reconhecimento das medidas que a equipe econômica brasileira vem tomando para proteger os trabalhadores durante a crise do Covid-19.
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Como exemplo, ele citou o pagamento do benefício emergencial de R$ 600 aos trabalhadores informais e a possibilidade das empresas suspenderem os contratos ou reduzirem temporariamente o salário dos empregados, que receberão uma parte do seguro-desemprego do governo.
Ainda de acordo com o ministro da Economia, o Brasil tem feito programas antes dos países avançados. “O Brasil reagiu mais rápido que qualquer país em desenvolvimento e inclusive com alguns programas que foram considerados os mais eficientes lá fora”, disse.
Ler maisComo ficará o Brasil e qual será o papel do Estado na Nova Ordem Mundial pós-coronavírus

Analistas concordam: o mundo não será o mesmo depois da pandemia atual. Com China e EUA à frente, nações reorganizam suas forças. E quanto ao nosso país?
A pandemia de coronavírus coloca o mundo em um estado de emergência, do qual surgirá, depois de passado o período crítico da doença, uma nova ordem internacional. O tabuleiro do jogo de poder, que tem visto uma ascensão chinesa, certamente sairá impactado. A adoção de programas internacionais de cooperação, como o caso do Plano Marshall no pós-Segunda Guerra Mundial, pode estar no horizonte. Mas e o Brasil – como se posicionará diante do mundo pós-coronavírus?
Por aqui, a ideia de um Plano Marshall ganhou voz pelas palavras do fundador da XP Investimentos, Guilherme Benchimol, que defendeu a iniciativa para evitar que o país enfrente uma situação de caos gerado por desemprego. Em videoconferência com a participação do presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães, ele considerou não ser improvável que o Brasil chegue a 40 milhões de desempregados até o fim do segundo trimestre.
E citou a previsão apresentada por James Bullard, do Federal Reserve (FED) de St. Louis, de que a taxa de desemprego nos EUA poderá chegar a 30% em meio à paralisação da atividade econômica. André Street, da Stone, disse que, “apesar de defensor absoluto do livre mercado”, também entende que o momento pede atuação do governo para garantir o funcionamento da economia. Para o economista-chefe da corretora Necton Investimentos, André Perfeito, a crise de 2008 ocorreu dentro do sistema financeiro.
– Naquela época, tivemos um ativismo monetário, muita política de taxa de juros que foi feita, corte de juros, expansão de balanço do banco central, porque era um problema que tinha de ser resolvido dentro do mercado financeiro. Hoje, embora se tenha uma característica como essa, é um pouco diferente. Ao invés de o mercado financeiro ter contaminado a economia real, foi a economia real que contaminou o mercado financeiro – diz.
Para o economista, os governos irão gastar muito com a crise:
– Todo mundo mandou às favas os bons modos fiscalistas. Ninguém está ligando para isso agora. Os Estados nacionais vão sair endividados.
O economista destaca uma diferença em relação ao plano de reconstrução da Europa após a Segunda Guerra e uma estratégia chinesa de empoderamento e financiamento capaz de reerguer a economia hoje. Embora a China projete influência econômica, a moeda dominante continua sendo o dólar.
– Moeda é uma relação de confiança. Em quem o mundo vai confiar? Se de um lado a China está ganhando espaço, o yuan não é uma moeda internacional.
Do ponto de vista da política externa, segundo especialistas, nunca foi tão fundamental o Brasil exercer uma das tradições de sua diplomacia: o pragmatismo. Mesmo que o governo prefira o alinhamento estratégico com os EUA, especialistas sustentam que o Palácio do Planalto não deve comprar briga com a China, principal parceiro econômico do país. Isso significa resistir a preferências ideológicas do setor do governo que tem no ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, um de seus defensores.
Pesquisadores citam estrategistas como Henry Kissinger, ex-todo-poderoso secretário de Estado americano, que, nos anos 1970, protagonizou a aproximação entre os EUA e a China maoísta. Ele representava o governo de Richard Nixon, republicano e conservador, mas conseguiu ver na ocasião uma chance de isolar a URSS.
– Não precisa ser amigo da China hoje. Kissinger não tinha simpatia pelo Mao Tsé-tung, mas viu que tinha uma oportunidade. O Brasil precisa ter uma boa relação com os dois, EUA e China, em um cenário em que ambos estão competindo pelo Brasil, oferecendo vantagens ao nosso país. Do ponto de vista econômico, a importância da China só vai aumentar – afirma Stuenkel.
– Essa pandemia deixa claro que, embora os Estados tenham soberania limitada aos seus territórios, os problemas que enfrentam muitas vezes têm origens globais. Problemas dessa natureza exigem mecanismos de coordenação interestaduais e, por isso, fortalecem organizações de regulação que estão acima dos Estados.
Quase 30 milhões de pessoas se cadastram no 'Bolsa-Coronavírus'

Enxurrada de cadastros ocorre também no segundo dia de funcionamento do site e do aplicativo.
Mais de 10 milhões se cadastraram nesta quarta-feira (8) para receber o auxílio emergencial de R$ 600 que será pago por três meses aos atingidos pela crise do novo coronavírus.
O número (agora já são quase 30 milhões) é um termômetro da corrida dos brasileiros em busca de um alívio no bolso num momento em que a necessidade do isolamento social, recomendada por autoridades de saúde, tem feito minguar a renda desses cidadãos.
A enxurrada de cadastros veio logo no primeiro dia de funcionamento do site e do aplicativo para o cadastro.
O governo estimava entre 15 milhões e 20 milhões de trabalhadores nessa situação, mas pelo jeito os números só tendem a crescer.
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Senado aprova programa de crédito para pequenos negócios

Programa Nacional de Apoio às Microempresas quer ajudar no desenvolvimento e no fortalecimento dos pequenos negócios no país.
O Senado aprovou nesta terça-feira (7) o Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte), criado para ajudar no desenvolvimento e no fortalecimento dos pequenos negócios no país.
A matéria segue agora para análise da Câmara dos Deputados.
Segundo a Agência Senado, a ideia é oferecer um instrumento semelhante ao Pronaf (Programa Nacional de Apoio à Agricultura Familiar), linha de crédito especial para os negócios de pequeno porte do setor agrário.
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Cadastro para auxílio emergencial já supera 15 milhões de inscritos

Enxurrada de cadastros ocorreu no primeiro dia de funcionamento do site e do aplicativo para o cadastro dos informais.
Mais de 15 milhões de trabalhadores informais se cadastraram até as 18h desta terça-feira (7) para receber o auxílio emergencial de R$ 600 que será pago por três meses aos atingidos pela crise do novo coronavírus.
O número é um termômetro da corrida dos brasileiros em busca de um alívio no bolso num momento em que a necessidade do isolamento social, recomendada por autoridades de saúde, tem feito minguar a renda desses cidadãos. O governo prevê pagar R$ 98,2 bilhões nesses auxílios.
A enxurrada de cadastros veio no primeiro dia de funcionamento do site e do aplicativo para o cadastro dos informais que hoje estão completamente fora do radar do governo. Eles não têm registro de microempreendedor individual, nem contribuem de forma autônoma ao INSS.
O governo estima de 15 milhões a 20 milhões de trabalhadores estão nessa situação e serão atendidos por esses canais. Há também a Central 111 de atendimento para dúvidas e consultas, que recebeu 660 mil ligações até o fim da tarde desta terça.
Os cadastrados no site ou no aplicativo só devem começar a receber a partir de 14 de abril, segundo calendário divulgado pela Caixa. É possível indicar conta em qualquer banco, mas quem ainda não tem receberá o dinheiro numa poupança digital da Caixa e só poderá fazer transações eletrônicas, como transferências e pagamento de contas. Inicialmente, não será possível sacar o dinheiro das poupanças digitais. Um calendário para permitir o resgate em espécie dos valores ainda está sendo elaborado pelo governo.
"As pessoas vão receber o dinheiro na conta e vão poder fazer movimentação. Mas saque terá cronograma. Se num dia só liberarmos 50 milhões para sacar dinheiro ao mesmo tempo, teremos colapso no sistema financeiro", disse o presidente da Caixa, Pedro Guimarães. "Estamos estudando um escalonamento para recebimento em espécie."
Até lá, os próprios dirigentes da Caixa avisam que os contemplados poderão fazer transferências gratuitas para contas de familiares ou pessoas próximas - para quem não há impedimento de saque.
Antes desse grupo de "invisíveis" começar a receber, o governo iniciará os pagamentos aos brasileiros inseridos no Cadastro Único de Programas Sociais. São cidadãos de baixa renda já registrados na base de dados e que podem ser elegíveis ao benefício.
A Dataprev já começou a rodar os cadastros para verificar quem dentro do CadÚnico precisa receber o auxílio, e a concessão será feita de forma automática. Nesse grupo, quem tiver conta na Caixa ou no Banco do Brasil receberá rapidamente. Nos demais casos, haverá a criação da poupança digital, com a mesma limitação inicial para saques em espécie.
O pagamento da segunda parcela também será feito em abril, entre os dias 27 e 30, de acordo com o mês de aniversário. A terceira e última parcela, por sua vez, será paga entre 26 e 29 de maio.
O terceiro grupo, formado por 14 milhões de famílias beneficiárias do Bolsa Família, vai receber o auxílio emergencial no mesmo calendário do programa, com pagamentos na segunda quinzena de abril, maio e junho.
Segundo Neri, o desafio é a educação financeira. Por um lado muitas famílias mais humildes podem não estar habituadas aos canais digitais de pagamento e transações financeiras - que serão necessários diante da impossibilidade de sacar os recursos num primeiro momento.
Em outra frente, será preciso educar a população sobre a necessidade de planejamento financeiro, avalia o economista. "São três meses de benefício, mas a duração da crise é incerta. O risco é as pessoas se adaptarem aos R$ 600 mensais e, quando voltarem ao valor anterior, sofrerem", afirma o economista da FGV.
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