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Round 6: Coreia do Norte se pronuncia sobre série sul-coreana
Thruarlley Marttins - 2021-10-18 02:39:20
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A série é um dos maiores sucessos recentes exibidos pela Netflix.

 

Um site da Coreia do Norte manifestou a visão do país sobre o seriado Round 6 (Squid Game, no nome original), um dos maiores sucessos da Netflix.

 

A mensagem no site diz que a série retrata como na Coreia do Sul "a corrupção e os canalhas imorais são comuns".

 

A Coreia do Norte também chamou a retratação da sociedade apresentada na série de "triste realidade da bestial sociedade sul-coreana".

 

"O público assistiu ao drama de TV que se passa em uma sociedade sul-coreana com grande desigualdade econômica. É a atual sociedade sul-coreana, onde o número de perdedores em uma competição acirrada como empregos, imóveis e ações aumenta dramaticamente", segundo o artigo.

 

Não é a primeira vez que a Coreia do Norte se manifesta sobre uma obra audiovisual relacionada ao sul. No ano passado, o país elogiou o filme "Parasita", apontado como uma obra-prima que mostra a divisão entre os ricos e os pobres na Coreia do Sul.

 

No passado, o líder da Coreia do Norte Kim Jong Un chamou a cultura das novelas coreanas de "câncer perverso" e baniu esses conteúdos do país, assim como as músicas de K-Pop no país.

 

 

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Internacional
Com fortuna de R$ 1,2 tri, Musk já é tão rico quanto Buffett e Gates juntos
Thruarlley Marttins - 2021-10-18 02:32:42
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Gates tem fortuna de 130 bilhões de dólares, e é o quarto colocado do ranking dos mais ricos da Bloomberg, enquanto Buffett, em 10º, tem 102 bilhões de dólares.

 

Com 1,2 trilhão de reais, Elon Musk já é tão rico quanto Warren Buffett e Bill Gates juntos. O CEO da Tesla e da SpaceX recentemente se tornou o mais rico do mundo ao superar a fortuna de Jeff Bezos, fundador da Amazon. Bezos detinha a primeira colocação desde 2017. A fortuna de Musk, de 50 anos, é estimada em 230 bilhões de dólares.

 

Gates tem fortuna de 130 bilhões de dólares, e é o quarto colocado do ranking dos mais ricos da Bloomberg, enquanto Buffett, em décimo, tem 102 bilhões de dólares.

 

Musk atingiu o marco de igualar as fortunas dos dois emblemáticos bilionários após uma forte valorização das ações da montadora de veículos elétricos de Musk.

 

A origem da fortuna de Musk vem dos primórdios dos serviços financeiros na internet, com a X.com, uma empresa de serviços financeiros digitais que foi integrada ao PayPal, cuja missão era ser o maior banco online do mundo.

 

Antes disso, ainda nos anos 1990, Musk fundou a Zip2 com seu irmão Kimbal. A empresa, que vendia um software de guias urbanos para jornais, foi vendida para a Compaq, em 1999, por 300 milhões de dólares. Para sair do chão com a companhia, Musk e seu irmão tiveram de morar no pequeno escritório da Zip2 e reinvestir os ganhos no negócio.

 

Desde os anos 2000, Musk foi para a área da mobilidade, tanto a elétrica, com a Tesla, quanto a espacial, com a SpaceX. Musk também faz parte ou criou empresas como a Boring Company, que cava túneis em cidades para melhorar a situação do trânsito, a Neuralink, que trabalha na integração homem-máquina, e a SolarCity, uma companhia de energia solar.

 

 

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Tristeza News
Futuro debaixo d’água: como será a elevação do nível do mar no planeta
Thruarlley Marttins - 2021-10-18 02:16:21
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Pequenos países correm risco de "perda quase total" de terras; China, Índia, Vietnã e Indonésia estão entre os 5 mais vulneráveis.

 

O planeta está aquecendo rapidamente, resultando em uma seca histórica, inundações mortais e eventos incomuns de degelo no Ártico. Também está causando um aumento constante do nível do mar, que os cientistas dizem que continuará por décadas.

 

Um novo estudo do Climate Central, um grupo de pesquisa sem fins lucrativos, mostra que cerca de 50 grandes cidades costeiras precisarão implementar medidas de adaptação “sem precedentes” para evitar que a elevação do mar engula suas áreas mais populosas.

 

A análise, feita em colaboração com pesquisadores da Universidade de Princeton e do Instituto Potsdam para Pesquisa de Impacto Climático na Alemanha, resultou em contrastantes visuais marcantes entre o mundo como conhecemos e o nosso futuro subaquático, se o planeta aquecer a 3 °C acima de níveis industriais.

 

 

Cientistas do clima relataram em agosto que o mundo já está cerca de 1,2 ºC mais quente do que os níveis pré-industriais. As temperaturas devem ficar abaixo de 1,5 ºC, eles dizem — um limite crítico para evitar os impactos mais severos da crise climática.

 

Mas mesmo no cenário mais otimista, em que as emissões globais de gases de efeito estufa começam a diminuir hoje e são reduzidas a zero líquido até 2050, a temperatura global ainda atingirá o pico acima do limite de 1,5 ºC antes de cair.

 

Em cenários menos otimistas, nos quais as emissões continuam a subir além de 2050, o planeta pode aumentar 3 ºC já em 2060 ou 2070, e os oceanos continuarão a aumentar por décadas antes de atingirem seus níveis máximos.

 

“As escolhas de hoje definirão nosso caminho”, disse Benjamin Strauss, cientista-chefe da Climate Central e principal autor do relatório.

 

Os pesquisadores do Climate Central usaram dados de elevação global e população para analisar partes do mundo que serão mais vulneráveis ​​ao aumento do nível do mar, que tendem a se concentrar na região da Ásia-Pacífico.

 

Pequenos países insulares correm risco de “perda quase total” de terras, afirma o relatório, e oito das 10 principais áreas expostas ao aumento do nível do mar estão na Ásia, com cerca de 600 milhões de pessoas expostas à inundação em um cenário de aquecimento de 3 ºC.

 

Segundo a análise da Climate Central, China, Índia, Vietnã e Indonésia estão entre os cinco países mais vulneráveis ​​ao aumento do nível do mar a longo prazo. Os pesquisadores observam que esses também são os países que adicionaram capacidade adicional de queima de carvão nos últimos anos.

 

Em setembro, um estudo publicado na revista Nature descobriu que quase 60% do petróleo e gás natural remanescentes no planeta e 90% de suas reservas de carvão devem permanecer no solo até 2050 para ter uma chance maior de limitar o aquecimento global a 1,5 ºC acima dos níveis pré-industriais.

 

 

A maioria das regiões ao redor do mundo, disse, deve atingir o pico de produção de combustível fóssil agora ou na próxima década para evitar o limiar climático crítico.

 

Na Assembleia Geral da ONU em setembro, a China fez uma importante promessa climática como um dos maiores emissores mundiais de gases de efeito estufa: o país não construirá mais nenhum novo projeto de energia a carvão no exterior, marcando uma mudança na política em torno de seu extenso cinturão e de sua infraestrutura rodoviária, que já havia começado a diminuir suas iniciativas de carvão.

 

Se o planeta atingir 3 ºC, a Climate Central relata que cerca de 43 milhões de pessoas na China viverão em terras projetadas para estar abaixo do nível da maré alta em 2100, com 200 milhões de pessoas vivendo em áreas com risco de aumento do nível do mar a longo prazo.

 

A cada fração de grau de aquecimento, as consequências das mudanças climáticas pioram. Mesmo limitando o aquecimento a 1,5 ºC, os cientistas dizem que os tipos de clima extremo que o mundo experimentou neste verão se tornarão mais severos e frequentes.

 

Além de 1,5 ºC, o sistema climático pode começar a parecer irreconhecível.

 

De acordo com o relatório do Climate Central, cerca de 385 milhões de pessoas vivem atualmente em terras que serão inundadas pela maré alta, mesmo se as emissões de gases de efeito estufa forem reduzidas.

 

Se o aquecimento for limitado a 1,5 ºC, a elevação do nível do mar afetaria terras habitadas por 510 milhões de pessoas hoje.

 

Se o planeta atingir 3 ºC, a linha da maré alta pode invadir a terra onde vivem mais de 800 milhões de pessoas, concluiu o estudo.

 

Os autores observam no relatório que uma advertência importante em sua avaliação é a falta de dados globais sobre as defesas costeiras existentes, como diques e paredões, para projetar totalmente a exposição à elevação do mar.

 

No entanto, eles reconhecem que, devido aos impactos vistos hoje com as recentes inundações e tempestades, as cidades provavelmente renovarão a infraestrutura para evitar o agravamento dos impactos.

 

“Níveis mais altos de aquecimento exigirão defesas sem precedentes globalmente ou abandono em muitas das principais cidades costeiras do mundo”, escreveram os autores, “enquanto a contagem poderia ser limitada a um punhado relativo por meio de forte conformidade com o Acordo de Paris, especialmente limitando o aquecimento a 1,5 ºC. ”

 

Mas a infraestrutura costeira custa dinheiro. Nações ricas como os Estados Unidos e o Reino Unido poderiam pagar essas medidas, mas países de baixa renda poderiam ser deixados para trás.

 

E enquanto muitas pequenas nações insulares estão rodeadas por manguezais e recifes de coral que poderiam proteger suas terras da elevação do mar, o aquecimento das temperaturas está causando a acidificação dos oceanos e outras formas de destruição ambiental que ameaçam tais medidas de defesa.

 

Durante as duas primeiras semanas de novembro, os líderes mundiais se reunirão em negociações climáticas mediadas pela ONU em Glasgow, Escócia.

 

Eles discutirão a limitação das emissões de gases de efeito estufa, bem como a quantidade de financiamento que as nações desenvolvidas se comprometerão a ajudar o Sul Global a se afastar dos combustíveis fósseis e se adaptar aos impactos da crise climática.

 

A menos que ações ousadas e rápidas sejam tomadas, os eventos climáticos extremos e o aumento do nível do mar alimentado pelas mudanças climáticas preencherão cada vez mais o futuro da Terra.

 

Os cientistas dizem que o planeta está ficando sem tempo para evitar esses cenários de pior caso.

 

“Os líderes mundiais têm uma oportunidade fugaz de ajudar ou trair o futuro da humanidade com suas ações hoje em relação às mudanças climáticas”, disse Strauss. “Esta pesquisa e as imagens criadas a partir dela ilustram as enormes apostas por trás das negociações sobre o clima em Glasgow.”

 

(Texto traduzido. Para ler o original, clique aqui)

 

 

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Inspiração
Executivo do Farol - Conheça a História de Anderson Novais
Thruarlley Marttins - 2021-10-17 23:26:40
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Essa semana, estava eu lendo a Bíblia em meu APP (como de costume), geralmente leio "apenas" os versículos, mas algo me incomodou em relação à uma notificação específica, nela dizia:

 

Você é FIEL no pouco!??

 

Pra ser sincero, sempre peço a Deus que me ilumine, me guie e me instrua nos mínimos detalhes, pois são esses que costumam "passar batidos".

 

Aí vem uma pergunta dessas, assim na lata.. Pensei comigo mesmo, aí tem coisa boa pra aprender, com certeza!

 

Deste ponto em diante, segue o texto na íntegra:

 

Hoje quero trazer uma história que é de nos encher o coração de emoção e felicidade. Este fim de semana tive a oportunidade de conhecer o Anderson Novais, sua esposa e seu filhinho, uma família abençoada e cheia de fé. Agora talvez esteja se perguntando, quem é esse moço e por que foi uma oportunidade? Para isso vou contar como minha família o conheceu. Mas antes de tudo, te pergunto: você é fiel no pouco?

 

Um servo no semáforo

 

Semana passada minha mãe estava levando minha prima para um compromisso, quando o semáforo fecha e elas são surpreendidas, pois, avistam um jovem de barba alinhada, terno e gravata vendendo bala no semáforo. Uma cena imprevisível na cidade de São Paulo, onde somos normalmente abordados por pedintes e pequenas crianças que deveriam estar na escola.

 

O jovem rapaz se aproxima do carro, com muita educação oferece a bala que está vendendo e entrega um cartão onde está seu telefone, instagram, junto de informações profissionais, como a faculdade que está cursando. Minha mãe fica intrigada com a cena, elogia a postura dele e pergunta porque ele está tão arrumado.

Gentilmente ele responde que se fosse para um escritório trabalhar, se arrumaria daquela forma e que aquele semáforo era o escritório dele. Ele complementa a frase falando que quando ele vai para igreja se arruma e que fazia aquilo com toda sua dedicação para Deus.

 

Uma ligação abençoada

 

Minha mãe fica surpresa, o sinal abre e ela segue o trajeto refletindo sobre isso. Ao chegar em casa, olha novamente o cartão e vê que ele cursa faculdade na área que ela trabalha, tecnologia da informação. Ela vem me contar essa história surpreendente e comenta de convidar ele para um café, assim poderiam falar sobre trabalho e ver no que ela poderia ajudá-lo.

 

Ela entra em contato com ele, conversa um pouco com o Anderson e sua esposa, que se mostram um casal de levitas, servos de Deus. Eles por sua vez contam um pouco do que estavam passando nos últimos anos, com a chegada do neném e crise financeira no país. Felizmente a esposa dele começou a trabalhar faz uma semana, mas ele ainda não encontrou um trabalho na área dele. Feito isso, marcamos o café.

 

Um café da tarde abençoado

 

Então de tarde, no horário marcado eles chegaram, com violão no ombro, pois após nos encontrar iam para um culto de oração e nessa tarde não só falamos de trabalho, mas de testemunho. Algo que ele nos contou e aqui entra o ser fiel no pouco é que todo dia, ele tirava 10% do valor que ele recebia no farol para devolver a Deus, como oferta na igreja onde servia.

 

Ele viu a misericórdia de Deus e fidelidade, frente a atitude de fidelidade que ele teve, sendo que um dia, precisando fazer compra e pagar contas, pois desempregados, ainda tinham contas a ser pagas, como o imóvel e alimentação, ele orou a Deus expondo sua situação e recebeu 400 reais naquele dia, devolvendo para Deus 40 reais.

 

Ele foi fiel no pouco e assim Deus tem o mantido neste período. Deixou o orgulho e a vergonha de lado para cuidar e sustentar sua família de forma digna, em meio a uma crise que abalou não só o país em que vivo, Brasil, mas o mundo inteiro. Ele não pediu dinheiro, mas sim se arrumou, foi para o semáforo com o mesmo comprometimento que teria para trabalhar em uma empresa, pois dali tem vindo o seu sustento.

 

Minha mãe se dispôs a ajudá-lo encontrar algo na área dele. Esta semana ela está passando um pouco de seu conhecimento e indicando-o na empresa onde trabalha. Essa é uma história vitoriosa que está só no começo, onde vemos a fidelidade de Deus com aqueles que também lhe são fiéis.

 

Onde você está no momento?

 

Talvez esteja tudo bem na sua vida, ou talvez não esteja, mas o que quero te perguntar é: você dá o seu melhor onde está no momento? E não lhe pergunto isso pensando só em trabalho, mas quanto à sua família, relacionamentos, igreja e por diante. Tudo que fazemos devemos fazer como se fosse para Deus, tenha isso em mente, dê o seu melhor e saiba que Deus está vendo as suas ações, seu reconhecimento não vem dos homens, mas sim do alto.

 

Deixarei aqui o Instagram do Anderson, caso queira ver um pouco do trabalho que ele tem feito: @novais.candy

 

Caso essa história tenha lhe impactado, alertado ou mesmo motivado de alguma forma, compartilhe com seus amigos, com os amigos dos amigos.. Pessoas precisam de pessoas, pessoas precisam de incentivo, faça o bem - faça a diferença!

 

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Business
Saraiva: a decadência da maior livraria do Brasil à luta para não falir
Thruarlley Marttins - 2021-10-08 00:56:46
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Fortemente endividada, Saraiva fechou lojas, entrou em recuperação judicial e tentou, sem sucesso, vender operações.

 

Entrar no site da Saraiva causa a impressão de que tudo está bem. A página destaca os livros mais vendidos, há uma área de promoções e um banner chama a atenção para o clássico cartão de crédito da loja. Mas, por trás das cortinas, o clima é de preocupação. Se outrora a Saraiva figurava como a maior rede de livrarias do Brasil, hoje, luta para não falir. O que aconteceu?

 

Um passado glorioso

 

A Saraiva é uma empresa centenária. A primeira loja da rede foi inaugurada em 1914, no Largo do Ouvidor, São Paulo (SP). Na época, o pequeno negócio montado pelo português Joaquim Ignácio da Fonseca Saraiva se chamava Livraria Acadêmica, um nome deveras conveniente: o estabelecimento ficava próximo à Faculdade de Direito de São Paulo.

 

Favorecida pela localização estratégica, a livraria passou a ser muito frequentada por estudantes e professores da instituição. Isso levou Fonseca Saraiva a entrar no ramo de edição de livros, começando por obras da área jurídica, por motivos óbvios.

 

Os negócios prosperaram nas décadas seguintes, a ponto de, em 1947, já sob direção dos filhos do fundador, a empresa se transformar em sociedade anônima, quando então assumiu a denominação Saraiva S.A. – Livreiros Editores.

 

Mas foi nos anos 1970, depois que a Saraiva passou a ser uma companhia aberta, que a estratégia de expansão ganhou escala. A livraria começou a formar uma rede de lojas em São Paulo e, na década seguinte, abriu unidades em outros estados.

 

O final da década de 1990 também foi marcante para a Saraiva. Em 1998, a companhia adquiriu a Editora Atual e, com isso, ampliou a sua atuação no segmento de livros didáticos.

 

No mesmo ano, a Saraiva transformou o seu site — www.saraiva.com.br — em uma das primeiras lojas online do Brasil.

 

O marcante ano de 2008

 

Nos anos 2000, a expansão continuou, principalmente por meio de aquisições. Era 2007 quando a Saraiva comprou a Pigmento Editorial, editora também focada em livros didáticos. No ano seguinte, a companhia fechou o que talvez tenha sido o seu maior negócio: a aquisição da rival Siciliano, incluindo lojas físicas e site.

 

Se 2008 não foi o ano mais importante da Saraiva, chegou perto de ser. Em uma apresentação direcionada a investidores, a companhia revelou que, em junho daquele ano, a sua rede era composta por 38 lojas físicas, 21 das quais eram megastores. Já a rede da Siciliano concentrava 50 unidades próprias e 11 franquias (todas foram transformadas em unidades da Saraiva).

 

No mesmo documento, a Saraiva celebrava a marca de quase 1,6 milhão de clientes ativos registrada em junho de 2008, além de 2 milhões de associados ao cartão Saraiva Plus.

 

O momento é de ascensão. Por que parar? A Saraiva continuou expandindo os seus negócios nos anos seguintes. Em 2010, a companhia lançou o Saraiva Digital Reader, plataforma de livros digitais; em 2012, surgiu o SaraivaTec, divisão focada em cursos técnicos e graduação tecnológica; em 2014 — ano do seu centenário — a Saraiva lançou o leitor de e-books Lev (lembra dele?).

 

Uma empresa como essa, em franco crescimento e que diversifica os seus negócios para ficar por dentro das tendências do mercado, não tinha como dar errado, certo? Mas deu.

 

Com dívidas, Saraiva foca no varejo

 

O último ano “tranquilo” da Saraiva foi 2012, quando a companhia registrou lucro líquido de R$ 78 milhões. Em 2013, o lucro líquido ficou em apenas R$ 13 milhões, mas ainda parecia que tudo estava bem, afinal, o grupo havia inaugurado lojas, investido em um novo centro logístico e comprado a Editora Érica naquele ano.

 

Mas, se de um lado a Saraiva aumentava o número de lojas, ampliava a sua infraestrutura e apostava em novos produtos (como o Lev), do outro, se endividava de modo preocupante, embora a situação não parecesse estar saindo do controle.

 

Mas estava. Para você ter ideia, a empresa terminou o ano de 2014 com lucro líquido de R$ 5,7 milhões, mas uma dívida líquida ajustada de R$ 544 milhões.

 

Talvez já tentando evitar uma tragédia, a Saraiva tomou uma decisão ousada: em meados de 2015, anunciou a venda de seus ativos editoriais e educacionais por R$ 725 milhões para a Somos Educação (Abril Educação).

 

Com o negócio, a Saraiva passou a focar toda a sua operação no varejo. Na primeira olhada, fazia sentido, afinal, a sua rede era formada por 112 unidades físicas e a sua loja online despontava como uma grande plataforma brasileira de comércio eletrônico.

 

À época, já não dava para chamar a Saraiva apenas de livraria. Livros ainda estavam no centro das atenções, mas a companhia comercializava celulares, videogames, notebooks, jogos, entre outros produtos.

 

Era uma megaoperação, no fim das contas. Dificilmente uma pessoa que parava na frente de uma loja ou entrava no site da Saraiva imaginaria que dívidas se acumulavam nos bastidores.

 

Bom, quem acompanhava os relatórios financeiros da Saraiva talvez soubesse que a situação não era das mais confortáveis. Mas, àquela altura, a Saraiva era tão grande que parecia imune ao risco de quebrar.

 

Saraiva pede recuperação judicial

 

É normal um grande varejista fechar uma ou outra loja de vez em quando. Mas 20 lojas de uma vez? Foi o que aconteceu com a Saraiva em 29 de outubro de 2018. A companhia argumentou que a decisão tinha relação com os “desafios econômicos e operacionais do mercado”.

 

Na verdade, aquele foi o prenúncio de algo muito mais grave: em 23 de novembro do mesmo ano, a Saraiva pediu recuperação judicial na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais de São Paulo.

 

O motivo? A Saraiva declarou ter dívidas que somavam R$ 675 milhões. A companhia já vinha atrasando pagamentos a fornecedores, tanto que, semanas antes do pedido de recuperação, propôs um plano de negociação de dívidas ao Sindicato Nacional dos Editores de Livros (SNEL), sem sucesso.

 

A Saraiva dificilmente conseguiria mais financiamentos. A companhia utilizou empréstimos bancários para expandir as suas operações nos anos anteriores e já não estava honrando esses compromissos. Não por acaso, a lista de credores apresentada pela empresa na ocasião era encabeçada por Banco do Brasil (R$ 90,7 milhões) e BNDES (R$ 41,7 milhões).

 

Mas bancos podem lidar com isso. Para editoras, o cenário era muito mais preocupante. A crise da Saraiva prejudicou muitas delas, sobretudo as que eram muito dependentes de grandes varejistas (como Saraiva e Livraria Cultura).

 

A mencionada concorrente pediu recuperação judicial na mesma época. Juntas, Saraiva e Livraria Cultura escancararam uma crise sem precedentes no setor de livrarias no Brasil, que já havia passado por um susto grande com a Laselva: a rede pediu recuperação judicial em 2013 e teve falência decretada em março de 2018.

 

Mas isso não quer dizer que o setor de livrarias morreu no Brasil. Com mais de 80 lojas espalhadas por 21 estados, a Livraria Leitura cresce de maneira consistente e aproveita parte das lacunas deixadas por Saraiva e Livraria Cultura no mercado. Levemos em conta também que muitas livrarias de porte menor continuam de pé.

 

Se a crise no setor não é generalizada, tudo sugere que falhas de gestão estão na raiz da decadência das duas gigantes.

 

No caso da Saraiva, parece ter havido uma preocupação com crescimento rápido. Se, em vez disso, a companhia tivesse focado em crescimento consistente — que inclui análises mais criteriosas dos pontos de vendas ou dos tipos de loja, por exemplo —, talvez não teria trilhado um caminho tão sombrio.

 

Ninguém quer comprar a Saraiva

 

Recuperação judicial é um mecanismo de proteção contra falência. Para ter um pedido do tipo aprovado, a empresa deve apresentar um plano para se reerguer e pagar as dívidas.

 

Devido a vários percalços, principalmente impasses manifestados por credores, o plano de recuperação judicial da Saraiva só foi aprovado em agosto de 2019 e homologado no mês seguinte.

 

Basicamente, a companhia propôs pagar 5% da sua dívida — então atualizada para R$ 684 milhões — em 15 anos e transformar os 95% restantes em debêntures (títulos de dívidas) a serem emitidos em 2035.

 

Com um plano de recuperação como esse, parecia que o pior havia passado. Mas não havia. Enquanto a aprovação do plano era aguardada, a empresa teve que fechar lojas e lidar com ações de despejo, só para citar algumas complicações.

 

Tudo isso por uma única razão: a Saraiva continuava fortemente endividada, tanto que, em fevereiro de 2020, declarou a credores ter apenas R$ 15 milhões em caixa. Para piorar a situação, pelo menos 21 editoras foram à Justiça de São Paulo exigir a devolução de estoques de livros.

 

Como a situação não melhorou nos meses seguintes, a Saraiva pediu um aditamento (ajuste) ao plano de recuperação judicial. Aprovado em fevereiro de 2021 pelos credores e homologado no mês seguinte, o aditamento estabeleceu um plano de venda de lojas e do e-commerce.

 

Aí veio mais um revés: ninguém quis comprar os ativos da Saraiva.

 

O fantasma da falência agora assusta mais

 

Foram três tentativas de venda. A primeira, realizada no último mês de abril, tinha como meta a arrecadação de R$ 189 milhões com a venda de 23 unidades físicas ou R$ 150 milhões com a venda da loja online, havendo ainda a possibilidade de combinação das duas operações. Nenhum interessado apareceu.

 

Na segunda tentativa, em maio, houve revisão das metas de arrecadação: R$ 113,5 milhões para as lojas físicas ou R$ 90 milhões pelas operações de comércio eletrônico. De novo, nenhum interessado.

 

A terceira e última tentativa ocorreu em agosto, novamente com as metas de R$ 113,5 milhões para as lojas físicas ou R$ 90 milhões pelo e-commerce. Você já sabe o que aconteceu.

 

Diante da falta de interessados, a Saraiva ofereceu aos credores as suas próprias ações para quitar os débitos ou a opção de um pagamento escalonado que começaria em 2026 e terminaria em 2048.

 

Curiosamente, a empresa também apresentou um laudo de viabilidade econômico-financeira assinado pela JVS Assessoria Empresarial que prevê aumento de 80% na receita em 2022 e 83 lojas em operação até 2026 — atualmente, a rede da livraria é composta por 37 unidades. O documento foi apresentado junto a um novo ajuste no plano de recuperação.

 

Mas não é tão simples. A verdade é que a Saraiva nunca esteve tão perto de fechar as portas. A Infosys, maior credora depois dos bancos, questionou na Justiça o plano de recuperação apresentado em março. Agora, a livraria tem 30 dias após a notificação judicial para apresentar uma nova proposta.

 

Se o prazo não for respeitado ou o plano for considerado inviável, a livraria pode ter falência decretada. A torcida é para que isso não aconteça, é claro, mas, a essa altura, parece que só um milagre salva a Saraiva.

 

 

 

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